segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O manifesto da destruição




Ontem eu conversei com uma senhora na rua. Ela havia me dito que acreditava que, as vezes, podemos ter encontros muito especiais com pessoas que sequer existem na "vida real", no plano da matéria. Eu adorei! É maravilhoso conhecer alguém que, em idade avançada, mantém a mente aberta as possibilidades. Quantos encontros nós podemos ter com alguém que sequer precisa existir? E se soubéssemos, de antemão, que aquela pessoa que nos fala de sua vida não é uma entidade física? E quanto aos sonhos? Não seriam eles os "mestres secretos" da humanidade? Uma terra infinita, povoada pelos mais diversos e exóticos Deuses que, na rendição da consciência, nos convidam a dançar a sutil e eterna música da alma?


Eu me calo e observo
sem tempo ou argumentos
já não existe a hesitação
cada momento, cada esperança, todas as memórias
entrelaçam-se, diluem-se, eternizam-se
e Eu, modestamente, absorto em meu próprio movimento
entrego meus sonhos, meus laços e destinos
tudo mais que eu nunca me importei.
E eu que já caminhei tanto, agora estou cansado
Apaixonado pelo nada, possuído pelo foco e
despido de minhas idéias e conceitos
abraço a noite e me entrego ao caos.

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