O nascimento da Psique.

É possível, diante de um mundo selvagem e caótico, emergir a mais fina flor da natureza? A resposta a esta pergunta reside em um dos maiores expoentes de beleza de toda a flora: a Flor-de-Lótus.
Essa flor, que faz parte fa família da Vitória Régia é nativa do sudoeste da Ásia. É conhecida devido ao fato de nascer justamente em regiões pantanosas e alagadas. Ela emerge das águas mais lodosas, e mesmo assim, ela é detentora de uma brancura imaculada que encanta pessoas e, tradicionalmente, é utilizada como um símbolo da alma humana.
Imagine agora esse mesmo nascimento milagroso aplicado à mente dos homens. Nós, seres humanos, mergulhados na devassidão da guerra e no refúgio da arte, prostrados confortavelmente em nossos fast foods e televisões 3D, aventurando-se todo fim-de-semana nas selvas de concreto e alumínio chamados shopping centers também participamos de um movimento conciso rumo à evolução.
Parece contraditório para você pensar em evolução quando já nos encontramos no topo da cadeia alimentar nesse início de séc. XXI? Evoluir para onde? De que maneira? Há sociólogos e doutores em Eugenia que defendem a idéia de que o proximo passo da evolução humana é o controle da própria expécie. Logo, seleção genética, reestruturação de DNA, higiene social e controle de crescimento inteligente, tornarão-se as novas leis sagradas da nossa bíblia digital.
Parecem idéias atraentes não é mesmo? Entretanto, elas terão um custo. E esse preço já está sendo pago por nós há muito tempo. Como? Você sabia que esses mesmos termos já eram usados com frequência durante o autoritário governo nazista? E diante desse cenário insalubre eu lhe pergunto. Quando nascerá a flor-de-lótus da alma humana?